INIMPUTÁVEIS DE PAI E MÃE

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, é claramente – tal como o seu presidente – inimputável. Ou seja, não pode ser responsabilizada por um facto punível, por se considerar não ter as faculdades mentais e a liberdade necessárias para avaliar o acto quando o praticou. E, por isso, os dirigentes do país consideram-se todos inimputáveis.

Por Orlando Castro

Luísa Damião foi ao Bié exaltar o 8º Congresso Extraordinário do MPLA. Tratando-se de um excelente discurso de candidatura ao primeiro lugar do anedotário nacional, o Folha 8 transcreve-o na íntegra e “ipsis verbis”, com total respeito pela primária ortografia e pelo assassinato da semântica:

«Viemos no coração do país, ponto de convergência de história, cultura, e desenvolvimento de num momento carregado de muita alegria pois, a Província do Bié passa a ter mais uma mulher firme e determinada, que assume o desafio de dirigir os destinos do glorioso MPLA e as funções de Governadora Provincial desta linda parcela do nosso território nacional.

Trata-se da camarada Celeste Adolfo, vossa filha, militante, dirigente e quadro do Partido, membro do Bureau Político do Comité Central do MPLA, Primeira Secretária Provincial do Partido, eleita na VIII Conferência Provincial Extraordinária realizada recentemente.

Quero vos apresentar esta dirigente e, a partir das terras de Andulo, peço-vos que a recebam com uma efusiva salva de palmas.

A partir da província que acolhe o berço do rio Kwanza, o maior rio de Angola, estas salvas de palmas que os camaradas manifestaram em representação de milhares de militantes, simpatizantes e amigos do MPLA e do povo do Bié, devem traduzir o vosso apoio, o reforço da unidade e coesão em torno da desafiante, mas nobre tarefa de continuar a trabalhar para desenvolver a província.

A camarada Celeste Adolfo encontra uma província com bons indicadores de crescimento, fruto do trabalho realizado pelo Camarada Pereira Alfredo, militante do MPLA e quadro do país, que cumpri missões com zelo e dedicação. Agora, tem a missão de governar a Província do Huambo.

Peço igualmente, uma merecida efusiva salva de palmas para o Camarada Alfredo Pereira.

Aproveito esta ocasião, para expressar o nosso reconhecimento pelo notável e visível trabalho que realizou nesta província e peço que

É sempre uma enorme satisfação estar aqui, animados no seio da nossa heroica população que se diferencia pela resiliência, hospitalidade e entusiasmo contagiantes, reconhecendo o dinamismo e a entrega militante no trabalho político ao nível local.

Quero, por isso, expressar uma vez mais, os nossos agradecimentos pela calorosa recepção e, por todo carinho que nos fazem sentir, desde a nossa chegada na província e em especial neste histórico município, onde as cores da nossa bandeira são notáveis.

Camarada Justino Kassoma Covi, Administrador Municipal e Primeiro Secretário do MPLA, que acaba de assumir, igualmente, o bastão para dirigir o Partido no município, apoie-se nos militantes, simpatizantes e amigos do MPLA para continuar a fazer crescer as nossas estruturas, ouvindo os seus camaradas e juntos trabalharem para vencer os desafios do presente e do futuro.

Realizado o processo de assembleias de balanço e renovação de mandatos nos Comités de Acção do Partido, registamos melhoria nos níveis de organização e mobilização, com a presença dos militantes, fruto da orientação do Camarada Presidente João Lourenço, segundo o qual: “Todos às comunidades, Todos às Bases”.

Aqui e em todo o país, no rigor da disciplina partidária e à luz dos nossos princípios e valores, a nossa militância deve ser feita na base. Significa que no CAP, sendo o coração do nosso Partido, tudo deve ser feito em matéria de organização, mobilização, conteúdo programático para enriquecer e fortalecer a referida estrutura de base.

Nós somos capazes, porque temos a força da juventude, da mulher e do nosso heroico povo, por quem tudo devemos continuar a fazer, para a resolução das suas mais legítimas aspirações e anseios.

Para tão nobre patriótico desafio, urge, a entrega dos nossos militantes, quadros e dirigentes a todos os níveis, para que o CAP seja uma forte unidade de acção política e contribua para a solução de problemas locais e de toda a Nação.

Para o efeito, devemos continuar a elevar o nosso empenho e dedicação às causas do Partido, conservando os níveis alcançados e lutarmos com toda inteligência partidária para continuarmos a superar os desafios da competição política.

O MPLA, como é do domínio de todos, prepara-se para realizar nos próximos dois meses, Novembro e Dezembro do corrente ano, dois eventos de suma importância e grande significado para a vida interna do Partido e não só, nomeadamente, o IX Congresso Ordinário da JMPLA e o VIII Congresso Extraordinário do MPLA, respectivamente.

Para esses importantes eventos, somos todos exortados a participar activamente nas tarefas aprovadas para a realização exitosa dos referidos eventos que têm consagração estatutária.

O VIII Congresso Extraordinário do MPLA irá debruçar-se sobre o percurso que temos estado a trilhar ao longo dos cinquenta anos de independência, como é óbvio, de muitas lutas e vitórias, o que impõe uma reflexão e profunda introspecção, sobre os resultados que vimos alcançando com os olhos no programa máximo, no bem-estar do povo angolano, no desenvolvimento do país e na contínua afirmação do país no contexto das nações soberanas e enquanto sujeito de direito internacional.

Esta tarefa torna evidente a necessidade de reforçar a unidade e a coesão internas, para que todos possamos contribuir no alcance dos objectivos supremos do MPLA, sobretudo os relativos ao presente e futuros desafios politico-eleitorais.

Não poderia deixar de saudar os avanços que a província do Bié tem estado a registar em vários domínios, com destaque para a saúde, educação e agricultara, só para citar estes. São indicadores que contribuem para a melhoria do bem-estar das nossas populações, apesar dos desafios que ainda temos e que vamos continuar a lutar para os superar.

Saúdo igualmente, o ingente esforço do Camarada Presidente João Lourenço, nas vitórias que temos alcançado na diplomacia internacional e, sobretudo, no grande investimento que está a ser feito, entre outros, no sector da saúde, da educação, produção nacional e no incentivo à participação do sector público e empresarial, nacional e estrangeiro para o fomento do emprego, com o foco na melhoria das condições de vida dos angolanos.

O merecido reconhecimento da liderança do Presidente João Lourenço não é apenas nosso. Renomadas organizações internacionais elogiaram os esforços de Angola em melhorar a governação e a transparência.

De acordo com o Índice Ibrahim de Governação Africana de 2024, Angola foi um dos países africanos que mais progrediu, subindo 9 lugares em termos de boa governação. Essa organização reconheceu o progresso de Angola no ranking da boa governação, fundamentalmente na área de anticorrupção.

Temos consciência de que os desafios são grandes e cada vez mais exigentes, mas estamos certos de que, com empenho e dedicação no trabalho, disciplina, diálogo inclusivo e unidade, mesmo com aqueles que pensam diferente de nós, será possível levar o barco a bom porto.

A partir do Andulo-Bie, uma vez mais, desejo êxitos às direcções das estruturas do Partido no país, recentemente eleitas à luz dos processos de balanço e renovação de mandatos.

Estimados camaradas! Mãos à obra. A luta continua e a vitória é certa.»

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